CRIADORES DE RIACHO PEQUENO E BELÉM DO SÃO FRANCISCO-PE, PARTICIPAM DE PALESTRA SOBRE MANEJO ALIMENTAR DE CAPRINOS E OVINOS.
Redação, Blog A Hora do Bode, Eloy Netto
A palestra sobre Manejo
Alimentar de caprinos e ovinos realizada no distrito de Riacho pequeno e em
Belem do São Francisco-PE, atraiu muitos criadores, principalmente em Riacho
Pequeno, onde havia representantes de associações e produtores locais.
Jose Lucas, consultor
do Agronegócio e especialista em caprinovinocultura do Sebrae, iniciou as
palestras distribuindo cartilhas da agricultura familiar, e falando de inicio,
do cultivo da palma, uma alimentação rica em energia e proteínas. Muitos criadores
não são muitos adeptos a plantação de palma, por que da muita praga,
principalmente a cochonilha. Jose Lucas explicou que muitos criadores não
tratam a palma como ela deveria ser tratada. Se fosse uma plantação de cebola,
tomate, feijão ou outra qualquer, não teria tanto problema com pragas. Os
produtores na maioria das vezes, escolhe o pior local de sua propriedade para
fazer um plantio de palma, deixa ate “pedra” como adubo para as palmas! Esse
alimento tem 90% de água e tem o menor custo para plantação. Em um terreno de
30 por 40 hectares se gasta apenas 3 mil litros de água por mês, molhando
apenas uma ou duas vez por semana, a produção pode chegar a 120 toneladas de
palma! A planta tem que ter um trato, semelhante a demais plantação, tem que
ser adubada, plantada em terreno nivelado etc. Com isso as perdas na plantação
de palma, será praticamente 0%.
O consultor falou ainda
dos tipos de sistema de produção que cada criador se encaixa, desde do
intensivo(animais preso, confinado) extensivo(soltos na caatinga ou pasto),
semi-intensivo( ficam na ração e em lotes de pasto) semi-extensivo( um período na
ração, outro solto), confinamento estratégico, suplementação de pasto e etc.
Perguntados aos
criadores de Riacho pequeno, qual o forma sistema de produção que eles utilizam
em suas fazendas, a maioria respondeu que criam no sistema intensivo os ovinos,
e os caprinos, no sistema extensivo.
Lucas salientou que
para um bom manejo alimentar, deve ser feito baseado em energia, proteínas,
vitaminas e mineral. E sempre que for fazem uma ração balanceada, observar o
valor de cada alimento, classificar como alimentos volumosos e concentrados.
Alguns criadores
questionaram sobre “empanzinação” de animais? O consultor que também é criador,
indicou “chá de sena” gelado. Muito bom para fazer digestão dos animais.
Sugeriu ainda, que o
milho e a algaroba, são alimentos bons para que as fêmeas entrem no cio, não
mudar alimentação quando as fêmeas estiverem prenhas e não dar vermífugos na
gestação, pois causa aborto. Controle de monta- é importante separa por lote as
fêmeas e colocar o macho por 30 dias no lote. E verificar as fêmeas muito
gordas e muito magras, essas podem ter problemas na gestação.
A melhor forma de
observa se os animais estão com vermes, alem de apresentarem reira, é verificar
nas pálpebras dos olhos dos animais, a coloração, como mostra essa imagem a
baixo:
O consultor deu uma
dica muito boa para a desmama de borregos e cabritos, o “ creep feeding” Cocho
privativo. É uma maneira de compensar a insuficiência de produção de leite das
ovelhas ou cabras; Permite a produção de cordeiros ou cabritos mais pesados e
mais uniformes,pois o uso do sistema “creep feeding” ou cocho privativo,
favorece o aumento do ganho de peso das crias, no período de desmame,
especialmente para crias duplas ou triplas, com reflexos positivos na recria,
seja para abate ou para reprodução. Observa-se incremento no ganho de peso de
10 a 20%, quando comparado com crias que não receberam o creep feeding; Veja nas
imagens a seguir, que esse sistema só permite aos borregos e cabritos mesmo
mamando, se alimentarem. Pode ser instalado no meio do pasto ou no curral, a depender
do seu sistema de produção de cada produtor.
Sugeriu ainda o consultor de agronegócio Jose Lucas, aos
criadores que tem propriedade as margens do rio, que as plantas:Leocena, sorgo,
acunham, gliricidia alem dos vários tipos de capim, serem as melhores para
cultivar e alimentar seus rebanhos.
Já para os criadores
que criam na região do sequeiro, a palma , mandacaru e maniçoba(não dar verde), alem de serem mais
resistente, são ricas em fontes de proteínas, vitaminas e energia.
A mandioca vem tomando
um espaço considerável entre os criadores, pois seu valor enérgico substitui o
milho. Alem de ter o preço bem mais aquisitivo. Lembrando que para a mandioca
ter um efeito mais forte, passar na forrageira o as folhas, o caule e a mandioca.
E sempre deixar secar bem.
Tomar cuidado com a
jurema preta, ele é abortiva e pode causar cegueira.
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