Qual o melhor capim
para alimentar ovelhas no Nordeste, onde predomina o clima quente e seco?
Existem diversas opções
de forrageiras para pastejo de ovinos no semiárido brasileiro. Destacam-se pela
boa produtividade, persistência, facilidade de plantio, elevado valor nutritivo
e tolerância a seca. Com profundidade da raiz, o capim-búffel tem boa capacidade
de acúmulo de reservas orgânicas e possui habilidade de crescimento em locais
com curto período de chuvas. O capim-gramão é adequado para formação de
pastagens cultivadas, enriquecimento de pastagens nativas e produção de feno.
Além de tolerante à seca, o capim-andropogon também é à solos de baixa
fertilidade natural, porém, devido ao rápido crescimento do colmo, a entrada
dos animais deve ser muitas vezes antecipada para evitar a perda do valor
nutricional do capim. Tanto o capim-massai, quanto o capim-tamani,
recém-lançado pela Embrapa, são ótimos para o enriquecimento de pastagens
nativas e diferimento, com uso em época seca por causa da facilidade de cultivo
e elevadas quantidade de folhas produzidas, em relação aos colmos, e densidade
de plantas por unidade de área. Todavia, é importante lembrar que o
estabelecimento da gramínea deverá ser durante o período chuvoso, inclusive com
medidas necessárias para maximizar a produção, como análise do solo, tratos
culturais e manejo do pastejo, utilizando práticas que levam à uma rápida
rebrotação e vigor das plantas forrageiras, para a manutenção da perenidade do
pasto. Outras técnicas indicadas para produção de volumosos ainda podem ser
realizadas no semiárido, entre elas, o uso de culturas anuais, como milheto,
sorgo e milho, ou mesmo de culturas perenes (capim-elefante), para formação de
campineiras visando a confecção de silagem e/ou feno para períodos secos do
ano.
Embrapa/Globo Rural
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