Nos
primeiros quatro meses deste ano, as
exportações brasileiras do agronegócio alcançaram recorde de US$ 50,6 bilhões,
o que representa um crescimento de 4,3% na comparação com o mesmo período em
2022, quando as vendas foram de US$ 48,53 bilhões.
De acordo com a
análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da
Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) a expansão se deu em função do aumento da
quantidade exportada (+2,3%), bem como do índice de preço dos produtos (+1,9%).
O aumento na
quantidade exportada de milho (+6,05 milhões de toneladas) e soja em grãos
(+1,05 milhão de toneladas) foi o que mais contribuiu para a expansão no índice
de quantum.
O agronegócio representou quase metade das vendas externas totais do Brasil em 2023, com participação de 49%. No ano anterior o share do agronegócio na pauta exportadora brasileira foi de 47,7%. A exportações totais registraram crescimento de 1,6%, como resultado do crescimento do agronegócio, uma vez que os demais setores tiveram queda de 0,8% no período. As exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo), carne de frango e suína, milho, celulose e etanol foram recordes no quadrimestre.
Resultados de abril
As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 14,7 bilhões em abril deste ano. Os principais recordes no mês foram para soja em grãos, carne de frango e carne suína.
A participação
do agronegócio nas exportações totais brasileiras subiu para 53,9% em abril. Os
demais produtos exportados pelo Brasil registraram exportações de US$ 12,61
bilhões (-10,7%).
Soja em grãos - A soja em
grãos registrou exportações de 14,34 milhões de toneladas em abril (+25,0%). A
safra 2022/2023 com previsão de produção de 154,81 milhões de toneladas
(+23,3%), impacta favoravelmente este resultado.
De acordo com a
análise da SCRI, trata-se de um dos maiores volumes já exportados pelo Brasil,
somente ultrapassado por três vezes em toda a série histórica (abril de 2020,
com 14,85 milhões de tonelada; abril de 2021, com 16,11 milhões de toneladas e
maio de 2022, que teve 14,97 milhões).
Os preços médios
de exportação, porém, caíram de US$ 589,03 por tonelada em abril/2022 para US$
540,30 por tonelada em abril/2023 (-8,3%). A queda dos preços reflete as
perspectivas de oferta da oleaginosa nesta safra, que apresenta o maior nível
de produção mundial da história, com boas perspectivas para a produção nos
Estados Unidos, China, Índia e recorde histórico no Brasil, mesmo com a forte
quebra de safra na Argentina.
Com o expressivo
volume exportado, o valor atingiu US$ 7,75 bilhões (+14,6%), novo recorde
mensal das exportações de soja em grão. A China é a principal importadora do
Brasil, adquirindo 70% do volume exportado da oleaginosa.
Carnes de frango
e suína - Apesar
da redução mensal das exportações de carne bovina em abril, com reflexos para
todo o setor de proteína animal, as exportações brasileiras de carne bovina,
suína e de frango devem ter ganhos importantes ao longo de 2023.
Segundo a SCRI,
apesar da queda nas vendas externas de carne bovina, as exportações de carne de
frango subiram de US$ 801,38 milhões em abril/2022 para US$ 826,63 milhões em
abril/2023 (+3,2%), com incremento do quantum exportado em 4,7% e queda de 1,5%
no preço médio de exportação. A China foi o país responsável pelo aumento das
vendas externas de carne de frango, com alta de 62,7% no volume importado do Brasil.
Também houve
incremento das vendas de carne suína, com embarques de US$ 249,40 milhões
(+30,5%), com aumento da quantidade exportada (+16,4%) e do preço médio de
exportação (+12,1%).
A China continua
sendo a maior importadora da carne suína brasileira, com aquisições de US$
86,15 milhões
As carnes de
frango e suína produzidas no Brasil se beneficiam de limitações de oferta na
Ásia por problemas sanitários locais (principalmente Peste Suína Africana e
Influenza Aviária).
Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária
A Hora do Bode, Berrando informações.
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